Stefani de Souza

Stefani

Stefani de Souza

Secretária-executiva da Direção do Centro Tecnológico (CTC)

Stefani de Souza é de Caçador (SC) e trabalha na UFSC há cinco anos no cargo de secretária-executiva da Direção do Centro Tecnológico (CTC). Seu interesse pela internacionalização começou quando ainda estava na graduação, mas especificamente na sexta fase do curso. Seu primeiro intercâmbio fez em 2010, por meio de convênio da UFSC com a Universidade da Califórnia (Ucla), em Los Angeles. E pretende, em breve, viajar para a Europa, na atual condição de servidora, para se capacitar na área de ensino público.

Quando saiu de Caçador para estudar na UFSC, ela, que cursava Direito na Universidade do Contestado, percebeu o quão longe poderia chegar. Da pequena cidade de 80 mil habitantes, deparou-se, “maravilhada”, com a rotina e a comunidade universitária, em que só no campus Florianópolis circulam mais de 50 mil pessoas diariamente. “Aqui é um mundo, são diferentes tribos de diferentes centros.”

A mesma reação sentiu quando viajou para Los Angeles. “A universidade é enorme e vi coisas interessantes, como alunos indo para a aula de chinelo e pijama, sem qualquer preocupação com o que os outros pensam, pois para eles o que importa é o que são e não o que aparentam ser.”

De volta ao Brasil e quase no final da graduação fez, sem imaginar que iria passar, o concurso para a carreira técnico-administrativa da UFSC. Mesmo sem ter terminado o curso de Secretariado Executivo, conquistou a vaga no serviço público e tinha, a partir daquele momento, mais um grande desafio. Lembra-se de ter realizado provas de aproveitamento de disciplinas ofertadas pelo Departamento de Letras e de Direito, e ter cursado disciplina no curso de Relações Internacionais. Conciliou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e o estágio. E mesmo na correria conseguiu se formar antes de tomar posse, em maio de 2012. Passou de aluna à servidora sem ter tempo para pensar na mudança. “Era para ser! Tudo se encaixou perfeitamente.”

Para ela, “mesmo se tivesse atrasado a graduação, sem considerar o concurso, a experiência do intercâmbio vale muito a pena. Conheço várias pessoas que foram para fora com o vínculo com a instituição e é muito melhor. Você conhece outras culturas, as diferenças e similaridades e, inevitavelmente, tenta melhorar as ações dentro da própria Universidade.”

Sua atividade na UFSC lhe abriu outra possibilidade: o Mestrado Profissional em Administração Universitária, que defendeu recentemente. E sua visão de universidade, já modificada com a primeira experiência internacional, mudou novamente com a pós-graduação.

E seus planos não param por aí. Aguarda a aprovação do pedido de licença capacitação e, se der tudo certo, seu próximo destino será a Europa no começo de 2018. No roteiro, a Associação Catalã de Universidades Públicas (ACUP), em Barcelona. Explica que, por intermédio da Rede Universitária Global para Inovação (GUNI), todos os anos é feito um relatório sobre o ensino superior no mundo. “Sem ter medo, mandei um e-mail, informando quais eram as minhas possibilidades pela UFSC e meus interesses na área. Responderam que eu poderia contribuir nas etapas de preparação e elaboração do informe de 2019.”

“Não sei se terei outra oportunidade como esta.” Não ficará o período total do benefício, para não sobrecarregar os colegas de trabalho e também por ter nesta época uma demanda menor no centro de ensino. Pensou em tudo de forma estratégica, para que a experiência seja rica na vida pessoal e profissional.

E sempre com um olhar de perspectiva, Stefani já caminha rumo ao doutorado. Afirma que “não pela docência, mas pelo conhecimento”. “Levar o nome da UFSC é uma grande responsabilidade. E este compromisso tenho desde que me formei e quando me tornei servidora. E a internacionalização, em particular, mostra ao mundo o que a UFSC tem de melhor.”