Marianne Rossi Stumpf
Marianne Rossi Stumpf
Professora de Libras do Centro de Comunicação e Expressão (CCE)
Marianne Stumpf fala a língua dos sinais. Com a tradução da intérprete Camila Neves Petropulos da Luz, ela conta sobre a sua trajetória como professora de Letras Libras EaD da UFSC, que em parceria com diversas instituições de todo o Brasil, já formou mais de mil profissionais em todo território nacional, tanto professores quanto tradutores e intérpretes.
Outros países veem com muito interesse a nossa experiência, que serve como modelo para as universidades de outros países”. Fui convidada para uma parceria em algumas instituições de países como Estados Unidos, Portugal, Espanha e França. Alguns são projetos de curto e longo prazo, sobre como os surdos podem ter mais acessibilidade nas universidades.
Essa colaboração inclui criação de currículo em libras, como ministrar aulas em videoconferência e como as tecnologias podem servir de suporte para esse curso. Na Europa, por exemplo, Marianne trabalhou na estratégia de tradução de textos na forma escrita para Libras.
Nos Estados Unidos foi para a Universidade de Gallaudet, única no mundo cujos programas são desenvolvidos para pessoas surdas. Está localizada na capital Washington, D.C. É uma instituição privada, que conta com o apoio direto do Congresso desse país. “Não dá para comparar a UFSC com a Gallaudet, porque lá é uma universidade de surdos e aqui vigora uma proposta de inclusão.
Mas nesses dois aspectos, inclusão e da acessibilidade, a UFSC é pioneira. “Temos sempre intérpretes nas reuniões de colegiado na pós-graduação, reuniões com pró-reitores para mediar a comunicação”.
A equipe tem 12 servidores que são intérpretes de Libras, 150 alunos e 16 professores surdos. Ainda falta muita coisa, mais em outras universidades, a situação ainda é pior. Na UFSC, graças a essa abertura ao novo, as coisas foram se desenvolvendo e dando certo.”